Bancários aprovam greve e agências fecham a partir do dia 6
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Posted 2 de outubro de 2015 by Camera News in Norte do Paraná
Sem acordo sobre o reajuste salarial, os bancários decidiram, na noite de quinta-feira (1º), que vão entrar em greve a partir da próxima terça-feira. Em assembleia, realizada no começo da noite, na sede campestre do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, cerca de 150 funcionários aprovaram a paralisação da categoria pelo décimo segundo ano consecutivo. Durante a assembleia, os diretores sindicais não pouparam críticas a postura dos banqueiros, que ofereceram uma proposta de reajuste abaixo da inflação e três vezes inferior ao reivindicado.
Na última rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os banqueiros propuseram um reajuste linear de 5,5%, abaixo do índice de inflação do período em discussão, de 9,88%. Além disso, houve a proposição de pagamento de um abono de R$ 2,5 mil, em parcela única, para todos os funcionários. Os bancários pleiteiam um aumento linear de 16% a todos os funcionários. Nos últimos cinco anos, após deflagar greve, os bancários conseguiram garantir aumentos reais, acima da inflação.
Na última rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os banqueiros propuseram um reajuste linear de 5,5%, abaixo do índice de inflação do período em discussão, de 9,88%. Além disso, houve a proposição de pagamento de um abono de R$ 2,5 mil, em parcela única, para todos os funcionários. Os bancários pleiteiam um aumento linear de 16% a todos os funcionários. Nos últimos cinco anos, após deflagar greve, os bancários conseguiram garantir aumentos reais, acima da inflação.
“Vergonha, indignação, frustração. É o que sentimos ao receber dos bancos, na mesa de negociação, esta proposta indecorosa. Os bancos que lucraram bilhões apresentaram índice bem menor que a inflação. Isso empurra a categoria para a greve”, lamenta o presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá, Claudecir de Souza.
Cálculos apresentados pelo Sindicato mostram que o reajuste de 5,5% tem um impacto considerado irrisório. O vale-refeição, por exemplo, aumentaria R$ 1,43, e passaria a R$ 27,43, por dia. Para o vale-alimentação e a 13ª cesta, a proposta representa aumento de R$ 23,71. O valor total subiria de R$ 431,16 mensais para R$ 454,8. Atualmente, o piso básico da categoria, pago aos escriturários, é de R$ 1,7 mil. Um caixa tem piso de R$ 2,5 mil. De acordo com o sindicato, o salário médio é de R$ 6,2 mil.
“É inaceitável que ofereçam uma proposta que impõe uma perda de 4,38% aos trabalhadores. Não chegaram nem perto da inflação. E estamos falando do setor que mais ganha no mundo. Se não bastasse ganhar dos clientes, comerciantes, empresários, agricultores, profissionais liberais e tantos outros com as altas nos juros, querem ganhar dos trabalhadores com a imposição de uma perda salarial”, critica o presidente.
A expectativa, segundo Souza, é que os banqueiros reconsiderem o assunto e façam uma proposta melhor, nos próximos dias, o que evitaria o fechamento das agências bancárias e os transtornos à população. De acordo com o sindicato, o objetivo é fechar o maior número de agências possíveis, já no primeiro dia de paralisação.
O acesso aos caixas eletrônicos não vai ser bloqueado, o que deve garantir que operações básicas como saques, depósitos e transferências continuem a ser realizados. Assim como nas paralisações registradas em anos anteriores, quanto mais longa for a greve, maior será o reflexo nas casas lotéricas e outros estabelecimentos que trabalham com o recebimento de contas e outros serviços bancários.
AGENDA. Paralisação da categoria, na região, vai ocorrer pelo décimo segundo ano consecutivo. —FOTO: RICARDO LOPES
Fonte: IG.
